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A gente se trata para poder pensar, sair do automatismo

A gente se trata para poder pensar e, finalmente, sair do automatismo, parafraseando Neusa Santos Souza.
O inconsciente nos empurra para a repetição e é na análise que o sujeito se interroga sobre essa repetição. Mais precisamente, é lá que ele percebe que existe uma repetição.

É no divã que podemos tomar outros caminhos e entender porque tantas vezes escolhemos o mesmo. Saímos do automatismo governado pelo inconsciente e entramos terreno da responsabilização pelas nossas escolhas.

Nos tornamos um pouco mais senhores de si e podemos olhar os outros com menos projeção. Abrimos mão de algumas defesas para encarar a verdade nua e crua. Temos menos medo de sofrer por isso porque nosso Eu está mais fortalecido para, no momento oportuno, superar a tristeza.

Reconhecemos que o ódio também vive em nós, como em todo mundo, e que não somos tão bons quanto supúnhamos. Também não somos tão maus.

Vemos o outro com um olhar mais humano e podemos escolher se aquela relação merece mesmo ser mantida ou não. Isso não significa necessariamente romper, pode significar apenas que ocupará um lugar menor na nossa vida. Escolher relacionamentos mais saudáveis é uma das maiores conquistas de uma análise, penso eu.

Enfim, a gente se trata para pensar.

Escrito por:
Fernanda Soibleman Kilinski

CRP: 07-19871 - Porto Alegre - RS

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