A gente se permite ofender e magoar quem está próximo da gente, aqueles que a gente pensa que já tem o amor garantido. Quem não é tão próximo assim não tem “obrigação” de tolerar nosso ódio.
Isso explica porque em muitas famílias de pais separados, o pai distante e pouco participativo é idolatrado enquanto a mãe que está ali todo dia é a chata insuportável.
Nossos melhores amigos, namorados e o núcleo mais próximo da nossa família são os que mais sofrem com a gente. São aqueles a quem a gente agradece por nos aturarem. Só eles podem conhecer o nosso pior. O melhor a gente deixa pra quem não importa tanto e pra quem a gente pode idolatrar justamente por não conhecer tão bem, deixando as lacunas desconhecidas livres para preenchermos com as nossas projeções.